
"A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões...
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador...
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?...” André Luiz
Sábado último fui com uma turma de jovens e uma amiga assistir a Nosso Lar,esperamos o frisson dos primeiros dias passarem, para podermos ver com calma e assim foi,lanchinhos...risadas,e a alegria de praxe que nos contagia a magia cinematográfica. O filme de fato é lindo, e falo com conhecimento de causa, por que tento ser espírita, já há alguns anos kkkk e por que li o livro,contudo não entendo ou quero entender as regras e parâmetros que os críticos usam na hora de julgar. Como eu disse no TT quando cheguei do cinema, a Academia não está pronta para um filme como Nosso Lar, pois só podemos julgar o que entendemos e para julgar devemos nos informar antes, porém os críticos continuam engessados em velhos padrões e fórmulas. Nosso Lar é pra ser sentido com a alma, para ser visto sem preconceitos, de coração aberto, independente de religião ou credo,por que o que ele nos apresenta é para muitos algo novo, fonte de pesquisa,ponto de partida.....não sei se é por que parto do princípio que devemos procurar conhecer para depois julgar...o fato é que ,se nem no Brasil que é Pátria do Espiritismo, com o maior número de espíritas reunidos, a crítica foge aos velhos padrões,por que imaginamos que seria diferente num país em que o nosso é ridicularizado todos os dias? Um país que não é afeito a muitas emoções, um povo racionalista ao extremo, por natureza. Aqui eu peço que sejamos um pouco realistas...uma nova era se inicia com Chico e Nosso Lar,mas ainda não é chegada a hora desses conceitos, não tão novos, quebrarem tantos preconceitos e idéias arraigadas na história dos povos. É um belo começo..um despertar...uma esperança!Eu fico feliz por isso!!!! Sem pressa e sem forçar a barra,atitude que é comum a Doutrina.
Sempre que a crítica tece seus comentários sobre um filme, principalmente quando o condena, tenho mais vontade de ver kkkkkkkk sempre fui assim. Faço meus próprios julgamentos, não me intimido, com os comentários negativos,eles despertam a minha curiosidade. Assisto de coração aberto, bom pra mim é o que me comove, que me tira do estado normal, para um leve flutuar,que toca minha alma,que me ensina algo,não importando o tipo de filme, gosto de verdade de cinema, então são raríssimos os estilos que não me agradam. Ao final faço minha própria crítica...se tenho vontade pesquiso sobre o tema..os atores e tudo mais que eu queira saber,para então estabelecer meu julgamento...que claro,só importa a mim e é o que basta kkkkkkkkkkkk
A partir daqui,se você ainda não viu Nosso Lar e pretende,advirto que vou falar um pouco da história. A história não é nova,pelo contrário, já tem uns bons anos passados, mas a tecnologia do plano espiritual impressiona, e é o que faz nossos críticos acharem uma viagem (quero esclarecer que não li nenhuma crítica) mas de cara já sei que esse fator foi de peso, a irrealidade do plano espiritual, no ver deles, claro! André Luiz começa no Umbral ( também conhecido como purgatório) confuso e atormentado, vendo flashes e nos permitindo conhecer sua vida na terra, é resgatado e começa uma batalha interior entre aceitação do que está diante de si e descrédito pelo que nunca lhe foi familiar quando na terra. Junto com ele e através dos olhos dele, vamos aprendendo,sentimos as saudades dele dos seus que ficaram, a aflição por notícias. Vemos humildade e disposição para servir por onde quer que ele passe,e até damos boas risadas com a história da água kkkk por que não ficamos perfeitos ou deixamos de ser nós mesmos quando morremos, a vida não dá saltos, as mudanças são graduais e André nos mostra isso.
Com o passar do filme vamos nos enredando na história e neste ponto confesso que a cena que mais emocionou foi a chegada das vítimas do holocausto e a acolhida humilde por parte dos ministros ( figuras mais elevadas da colônia espiritual ), Como também aquela em que o ministro se ajoelha aos pés de André quando procurado pelo mesmo. A fraqueza de Lísias e o medo de reencarnar e voltar a falhar me encantou pois mostra a humanidade que carregamos,não viramos santos, somos ainda os mesmos,com nossos medos,qualidades e falhas a serem corrigidas, e nem por isso menos aptos em ajudar alguém. Sou muito sincera,quem já leu alguns posts já deve ter notado,o filme não é perfeito, a tão almejada perfeição,não é deste nosso mundo. Euzinha sinto falta da parte que fala do vampiro(calma,muita calma nessa hora, não são vampiros sugadores de sangue,assim são chamados os obsessores,que sugam energias,vidas) que nos traria a perspectiva do aborto e das pessoas que se prestavam a realizá-los para pobres coitadas,confusas e desinformadas na maioria dos casos ( isso naquela época, né gente?) Então acho que seria um ponto de conflito que tornaria o filme mais rico. Paciência,compreendo que a linguagem do cinema não é a mesma dos livros e uma película de duas horas, não pode abarcar tudo, e o que é interessante no livro nem sempre o é nas telas. Cada um vai fazer seu julgamento e sentir falta disso ou daquilo, mas não diminui em nada a beleza da obra e sua importância, para espíritas e não espíritas.
No mais só me resta recomendar o filme,não percam que vale muito a pena e pedir que vão desarmados,deixem as garruchas, as pedras e tomates em casa kkkkkkkkkk e abram o coração,não precisa ser um coração espírita, apenas um que é capaz de amar e de se encantar com o bem! Fiquem a vontade para comentar aqui...por que ser espírita é ser pesquisador e caminhar com a ciência, portanto toda opinião é bem vinda, o aprendizado vem de toda parte e todos tem algo a aprender e a ensinar.
Um bom filme pra vocês!!!! Tenham a certeza que vai valer a pena. ;)
Cheirinhos na alma!
Vivi Oliveira